Anjo em Ruínas
Ao poeta Antônio Carlos Osório, compadre
Alças teu grito
para além dos homens.
O bem se bem tem lanças
é cavalo que remói
cal e fogo
na campina.
Oh nuvem sibilante dos prados,
desde outrora te vejo altiva
no altar das cicatrizes!
A palavra é festa, falta de pudor.
Coisa-pulsante-flor que explode!
Secreta labareda do meu sangue.
Reino, quimera e caos.
Brutal como o enigma
entre os albores da terra
Flor que se aviva entre os dedos da primavera.
Água que flutua no escuro. Cristal terrível,
Anjo em ruínas. Sonho decapitado.
Imperecível, voraz — és tu, poesia!
Alças teu grito
para além dos homens.
O bem se bem tem lanças
é cavalo que remói
cal e fogo
na campina.
Oh nuvem sibilante dos prados,
desde outrora te vejo altiva
no altar das cicatrizes!
A palavra é festa, falta de pudor.
Coisa-pulsante-flor que explode!
Secreta labareda do meu sangue.
Reino, quimera e caos.
Brutal como o enigma
entre os albores da terra
Flor que se aviva entre os dedos da primavera.
Água que flutua no escuro. Cristal terrível,
Anjo em ruínas. Sonho decapitado.
Imperecível, voraz — és tu, poesia!
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