Homero Prates

1890-08-01 São Gabriel
1957-11-14
1886
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O Diamante

Ó divinos Heróis! que uma eterna auriflama
Atrai para o esplendor da noite merencória!
Este é o Inferno de luz que a vossa febre aclama
Em gritos de loucura e em gritos de vitória.

Nele, como num mar de luz fiava e ilusória,
Encheis a Taça de ouro... E o vosso olhar se inflama!
Bebei! que é o vosso sangue e esta é a divina chama
Da ara branca e imortal da Beleza e da Glória.

Ó agonia sublime! Ó jardim dos tormentos
Divinos! onde, ó Luz, nos meus olhos deliras,
Como uma águia ferida entre dois firmamentos!

Olha-os! Morrem cantando, ó Beleza, que passas!
E os Heróis, para os céus soerguendo as grandes liras,
Tombam num resplendor de flamas e de taças.

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