Ruínas

Nos escombros
que se alargam à visão
o pássaro refaz
o vôo da liberdade

Sua missão é importantíssima
pois dela depende
a sua própria
reconstrução

As ruínas são evidentes
e o pássaro se agarra
às forças que ainda lhe
restam

Chega-lhe ao aparelho
auditivo
o badalar de um sino
anunciação do novo pássaro
a surgir

Não de um lugar distante
mas de dentro de si

Não há monumentos
nem templos gigantes
apenas o elo
pássaro-descobrir-se

e num dia qualquer, um cidadão comum
retirou de suas ruínas a importância
de ser livre. Enfim . . .

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