O Rio

A água vai passando
limpinha, limpinha,
espelho do caminho
onde muita gente para,
a se mirar...

Fico olhando...
é bom ver a água passar.

Fraquinha,
na gruta escondida nasceu.
Bebeu o orvalho da serra,
pelo vale desceu,
retratando a paisagem.
E as folhas emurchecidas,
a sua frescura,
reverdeceram-se
milagrosamente.

Rio, recebeu riachos e córregos,
cresceu... ficou importante,
e pontes ganhou
para a estrada
que o engenheiro
traçou.

Encontrou umas pedras,
tropeçou... e, em caídas e quedas,
morro abaixo rolou,
virou cachoeira,
girou, girou,
energia e força
fazendo gerar.

Ergueu-se
em saltos de espuma
e, lá longe, longe
se abriu em remanso...
Foi descansar
junto aos boizinhos
que estavam a pastar...

Depois , as cidades
irá limpar,
antes de correr pro mar.

Destino de água corrente,
faz a gente pensar.

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