Canção Pagã
Os meus olhos caíram
sobre o teu corpo
numa bênção pagã
ungida de desejos.
O meu coração pulsa
no seio das montanhas.
Arde em chamas o gelo
dos círculos polares.
Hirtas, as árvores
despiram-se das folhas,
que o vento varreu
com meus cinco sentidos.
Lateja o meu sangue
nas veias dos regatos.
O sol cobriu o rosto
com o sudário dos nimbos.
No lago plúmbeo
bóia o teu corpo,
bóia entre espumas.
sobre o teu corpo
numa bênção pagã
ungida de desejos.
O meu coração pulsa
no seio das montanhas.
Arde em chamas o gelo
dos círculos polares.
Hirtas, as árvores
despiram-se das folhas,
que o vento varreu
com meus cinco sentidos.
Lateja o meu sangue
nas veias dos regatos.
O sol cobriu o rosto
com o sudário dos nimbos.
No lago plúmbeo
bóia o teu corpo,
bóia entre espumas.
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