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Jurisconsulto, filólogo e poeta.Licenciou-se em Filologia e Humanidades no Rio de Janeiro e em Direito Canónico em Coimbra, onde apresentou a tese De sacerdotio et imperio selectae dissertationes. Em 1771 recebeu o grau de doutor e em 1790 foi ordenado subdiácono. Foi ainda deputado do Santo Oficio de Coimbra.Exerceu, entre outras, as funções de desembargador da Casa da Suplicação, deputado da Mesa de Consciência e Ordens e deputado da Casa de Bragança, sendo a sua participação na comissão nomeada pela rainha D. Maria I para a codificação legislativa o aspecto mais notável da sua actividade de magistrado: aí defendeu, em oposição a Pascoal de Melo, concepções de soberania popular que viriam a ser impostas pela Revolução Francesa, designadamente o direito que obrigava o rei a consulta popular. Foi autor do primeiro ensaio publicado em Portugal em defesa da abolição da pena de morte («Discurso sobre a pena de morte e Reflexões sobre alguns crimes»Jornal de Coimbra nº. XXXIII, Parte II, s.d.).Foi bibliotecário da Universidade de Coimbra e censor régio e cronista da Casa de Bragança, tendo ainda exercido durante vinte anos importante acção na que veio a ser a Biblioteca Nacional, à qual legou muitas das suas Memórias, quase todas manuscritas. Foi sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e sócio estrangeiro da Academia Céltica. «Melhor filólogo que poeta», na opinião de Luís de Sousa Rebelo, ficou célebre a sua atribuição de origem céltica à língua portuguesa – tese que seria depois refutada com autoridade por Alexandre Herculano, ainda que, por outro lado, muitos dos estudos de Ribeiro dos Santos informem notas de Herculano à História de Portugal. Estudou também a cultura hebraica e as origens da tipografia em Portugal.Escreveu sonetos, odes e epigramas e usou o nome arcádico de Elpino Duriense. Conviveu com Bocage e Stockler e, mais tarde, já cego, com António Feliciano de Castilho. Autor de poesia filosófica ou cantando o conhecimento científico da Natureza, é, ao lado de José Agostinho de Macedo, um dos cultores portugueses do «cientismo literatizado», «que é um subproduto ideológico dos hábitos mentais do experimentalismo e da taxinomia naturalista» do século das Luzes (António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa).Traduziu a Lírica de Horácio, 2 tomos (1807), e uma parte da Ilíada. É-lhe também por alguns atribuída a tradução da Arte Poética de Aristóteles.