Gustavo de Matos Sequeira

Jornalista, olisipógrafo, historiador, homem de teatro, poeta, em todos estes sectores desenvolveu intensa actividade, de que em dezenas de livros e centenas de artigos, reportagens, crónicas, gazetilhas, monografias e folhetos deixou expressivo testemunho.Entre os seus principais estudos sobre Lisboa contam-se Depois do Terramoto (4 vols., 1916, 1918, 1922 e 1934), Tempo Passado, «crónicas alfacinhas» (1924), um Guia Turístico de Lisboa (1926), A Sé de Lisboa, em colaboração com Nogueira de Brito (1930), O Carmo e a Trindade (3 vols., 1939-1941), A Nossa Lisboa, em colaboração com Luís Pastor de Macedo (1945), Lisboa - 8 Séculos de História (1956).Devem-se-lhe ainda importantes trabalhos de investigação histórica e etnográfica, como uma História do Trajo (1932), um volume de crónicas de viagens, Mediterrâneo (1934), uma História do Teatro Nacional D. Maria II (2 vols., 1955), uma recolha de estudos sobre Teatro de Outros Tempos (1932), um grande número de adaptações à cena moderna de importantes textos da nossa dramaturgia clássica, de Afonso Álvares (Auto de Santo António, 1934) e Jorge Ferreira de Vasconcelos (Lisboa, 1947) a Correia Garção e António José da Silva (Assembleia ou Partido e As Guerras do Alecrim e Manjerona, 1915), e, entre obras originais de menor tomo, a comédia em 3 actos O Diabo Azul, em colaboração com Pereira Coelho (1933), um Auto de S. João (1936), várias peças em 1 acto, e revistas teatrais.De parceria com Rocha Júnior, publicou ainda, em 1924, Olivença (ilustrações de Alberto de Sousa). Trabalhou, durante dezenas de anos, no jornal O Século.