Manuel Laranjeira
Manuel Laranjeira, foi médico e escritor português. Autor de teatro, ficção, ensaios, conferências, poesia e estudos sobre política, filosofia, religião a sua actividade literária inicia-se cedo, ainda ...
1877-09-17 Vila da Feira, Portugal
1912-02-22 Espinho
4580
0
5
Alguns Poemas
Biografia
Videos
Livros
Poeta, dramaturgo e articulista português, médico de profissão, natural de Vergada, Vila da Feira. Amigo e correspondente de Miguel de Unamuno, relacionou-se com alguns dos maiores vultos da cultura portuguesa do princípio do século XX: Amadeo de Souza Cardoso, António Carneiro, António Patrício. Viveu uma existência solitária e dramática, de que a sua poesia e as suas cartas são o reflexo. Sabendo-se consumido por uma sífilis congénita, suicidou-se aos trinta e cinco anos de idade. É autor de um livro de poemas, Comigo – Versos dum Solitário (1912), que, apesar da simplicidade métrica – constituído quase só por hendecassílabos e redondilhas –, do vocabulário incaracterístico e do ritmo pouco musical, vale sobretudo como documento da sensibilidade torturada e complexa de um homem angustiado em busca do sentido da vida. Publicou, ainda, o ensaio A Cartilha Maternal e a Fisiologia (1909).
O melhor da sua erudição e do seu espírito crítico encontra-se nas Cartas (1943, prefaciadas por Unamuno), publicadas postumamente. Publicou também o prólogo dramático Amanhã (1902) e do seu espólio fazem ainda parte três peças de teatro conservadas inéditas: As Feras, Naquele Engano de Alma, e Almas Românticas, esta última inacabada. Postumamente foram também publicados o Diário Íntimo (1957), as Prosas Perdidas (1958) e os Poemas Dispersos (1997). Nos artigos que escreveu para o jornal O Norte (1907-1908), compilados em volume, em 1955, fez uma análise, extremamente lúcida, do que era o «pessimismo nacional», afirmando que o atraso português tinha como causa o fosso existente entre os intelectuais e a restante população
Ver também
António Azevedo - Vila do Conde
Escreveu no jornal ou revista Alma Nova de Espinho em 1919 e 1920 com José Maria dos Reis Pereira que depois iria adoptar o pseudónimo José Régio.
28/maio/2024