José Saramago
José de Sousa Saramago foi um escritor, argumentista, teatrólogo, ensaísta, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português. Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998.
1922-11-16 Azinhaga, Golegã
2010-06-18 Tías, Espanha
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Do Como E do Quando
E quando não se calam os protestos
Do sangue comprimido nas artérias?
E quando sobre a mesa ficam restos,
Dentaduras postiças e misérias?
E quando os animais tremem de frio,
Olhando a sombra nova de castrados?
E quando num deserto de arrepio
Jogamos contra nós cartas e dados?
E quando nos cansamos de perguntas,
E respostas não temos, nem gritando?
E quando às esperanças aqui juntas
Não sabemos dizer como nem quando?
E quando não se calam os protestos
Do sangue comprimido nas artérias?
E quando sobre a mesa ficam restos,
Dentaduras postiças e misérias?
E quando os animais tremem de frio,
Olhando a sombra nova de castrados?
E quando num deserto de arrepio
Jogamos contra nós cartas e dados?
E quando nos cansamos de perguntas,
E respostas não temos, nem gritando?
E quando às esperanças aqui juntas
Não sabemos dizer como nem quando?
Do sangue comprimido nas artérias?
E quando sobre a mesa ficam restos,
Dentaduras postiças e misérias?
E quando os animais tremem de frio,
Olhando a sombra nova de castrados?
E quando num deserto de arrepio
Jogamos contra nós cartas e dados?
E quando nos cansamos de perguntas,
E respostas não temos, nem gritando?
E quando às esperanças aqui juntas
Não sabemos dizer como nem quando?
E quando não se calam os protestos
Do sangue comprimido nas artérias?
E quando sobre a mesa ficam restos,
Dentaduras postiças e misérias?
E quando os animais tremem de frio,
Olhando a sombra nova de castrados?
E quando num deserto de arrepio
Jogamos contra nós cartas e dados?
E quando nos cansamos de perguntas,
E respostas não temos, nem gritando?
E quando às esperanças aqui juntas
Não sabemos dizer como nem quando?
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