Ana Hatherly
Ana Hatherly GOIH,, foi uma professora, escritora, realizadora e artista plástica portuguesa.
1929-05-08 Porto
2015-08-05 Porto
36781
0
9
Prémios e Movimentos
PEN Clube 2000Alguns Poemas
Biografia
Videos
Livros
Escritora portuguesa, natural do Porto. É licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorada em Literaturas Hispânicas pela Universidade da Califórnia, em Berkeley. Lecciona na Universidade Nova de Lisboa desde 1984. É uma das mais conceituadas investigadoras do período e da poesia barroca, tendo publicado, neste domínio, um conjunto de estudos de carácter antológico com os títulos de A Experiência do Prodígio — Bases Teóricas e Antologia de Textos Visuais Portugueses dos Séculos XVII e XVIII (1983) e O Ladrão Cristalino — Aspectos do Imaginário Barroco (1997). Dirigiu, também, a revista de estudos barrocos Claro-Escuro, de 1988 a 1991, e dirige desde o seu início, em 1999, a revista Incidências.
A sua preferência por este período da literatura portuguesa reflecte-se, de forma clara, na sua poesia, e é vísivel logo nas primeiras obras da autora, os livros de poesia Um Ritmo Perdido (1958), As Aparências (1959) e A Dama e o Cavaleiro (1960). Nestes livros a escrita manifesta um estilo de contornos barrocos, que prosseguirá de forma ainda mais assumida em muitas das suas obras posteriores, inclusive em A Idade da Escrita (1998). No final da década de 50, envereda pelos domínios da poesia concreta e da poesia experimental, então muito em voga em Portugal. No livro de poemas Mapas da Imaginação e da Memória (1973) desenvolve o conceito de poesia visual, poesia passível de ser exposta em galerias ou noutros espaços, ao lado de quadros ou desenhos. Da sua obra realçam-se ainda as narrativas O Mestre (1963), Crónicas, Anacrónicas, Quase-Tisanas e Outras Neo-Prosas (1977) e Anacrusa (1983).
Para além das obras já citadas a autora escreveu ainda os ensaios Nove Incursões (1962), O Espaço Crítico (1979), PO.EX — Poesia Experimental Portuguesa (1981), Defesa e condenação da Manice (1989), Poemas em Língua de Preto dos Séculos XVII e XVIII (1990), Elogio da Pintura (1991), A Preciosa, de Sóror Maria do Céu (1991), O Desafio Venturoso de António Barbosa Bacelar (1991), O Triunfo do Rosário, de Sóror Maria do Céu (1992) e A Casa das Musas (1995). Na área de poesia escreveu ainda Sigma (1965), Anagramático (1970), O Escritor (1975), Poesia 1958-1978 (1979), Joyciana (1982), O Cisne Intacto (1983), 77 Tisane (1994), Volúpia (1997), as fábulas que publicou nos dois volumes de351 Tisanas (1969/1973) e em Cidades das Palavras (1988), e Rilkeana (2000)
Em 2000, publica