Bernardino Lopes
Bernardino da Costa Lopes poeta parnasiano, conhecido como precursor do Simbolismo no Brasil.
1859-01-15 Rio de Janeiro
1916-08-18 Rio de Janeiro
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Bernardino da Costa Lopes, pseudônimos B. Lopes e Bruno Lopes, nasceu em 19 de janeiro de 1859, na cidade de Boa Esperança, Rio de Janeiro. Era filho de uma família bastante humilde. Começou a trabalhar muito cedo como caixeiro em sua cidade, enquanto frequentava os primeiros anos escolares. Transferiu-se para a capital do Estado onde fez concurso para o Correio Geral, iniciando, assim, sua carreira de funcionário público.
Segundo consta nas referências sobre a vida do autor, Bernardino Lopes, apesar de funcionário público, jamais foi um burocrata. Entregou-se à vida boêmia carioca e ao alcoolismo. Era conhecido pelo modo extravagante de se vestir e se portar na sociedade. Desafiava, a toda hora, as convenções sociais. Aos 36 anos abandonou a esposa e os filhos para viver a paixão que alimentava pela pernambucana Sinhá Flor, mulher que lhe serviu de inspiração para compor algumas de suas poesias.
Bernardino da Costa Lopes é conhecido como o precursor do Simbolismo no Brasil, ao lançar junto com Emiliano Perneta o “Manifesto Simbolista”, em 1890. A respeito do pioneirismo do autor, Andrade Muricy faz a seguinte observação: “esse extraordinário mulato, pachola e glorioso, foi no Simbolismo brasileiro uma espécie de alegre patriarca. Os nossos primeiros simbolistas receberam, de começo, a influência da sua poesia brilhante, cordial, pernóstica e maneirosa” (CAMARGO, 1987, p. 53).
Escreveu um poema em homenagem ao Marechal Hermes da Fonseca, no qual um dos versos dizia: “Bonito herói! Cheirosa criatura”, o que lhe causou muitas críticas e ofensas por parte da aristocracia brasileira. Uma delas, talvez a mais veemente, consta no discurso pronunciado por Rui Barbosa, no Senado, cujo título era “O Bodum das senzalas”, referindo-se ao poeta. Bodum, segundo o dicionário Aurélio, significa “fedor de bode não castrado. Transpiração fétida; catinga” (FERREIRA, 1993, p. 78).
O poeta chegou a ser internado no Hospício dos Alienados. O alcoolismo e a boemia foram responsáveis pelo seu esgotamento físico e mental, levando-o ao falecimento em 1916 no Rio de Janeiro.
Segundo consta nas referências sobre a vida do autor, Bernardino Lopes, apesar de funcionário público, jamais foi um burocrata. Entregou-se à vida boêmia carioca e ao alcoolismo. Era conhecido pelo modo extravagante de se vestir e se portar na sociedade. Desafiava, a toda hora, as convenções sociais. Aos 36 anos abandonou a esposa e os filhos para viver a paixão que alimentava pela pernambucana Sinhá Flor, mulher que lhe serviu de inspiração para compor algumas de suas poesias.
Bernardino da Costa Lopes é conhecido como o precursor do Simbolismo no Brasil, ao lançar junto com Emiliano Perneta o “Manifesto Simbolista”, em 1890. A respeito do pioneirismo do autor, Andrade Muricy faz a seguinte observação: “esse extraordinário mulato, pachola e glorioso, foi no Simbolismo brasileiro uma espécie de alegre patriarca. Os nossos primeiros simbolistas receberam, de começo, a influência da sua poesia brilhante, cordial, pernóstica e maneirosa” (CAMARGO, 1987, p. 53).
Escreveu um poema em homenagem ao Marechal Hermes da Fonseca, no qual um dos versos dizia: “Bonito herói! Cheirosa criatura”, o que lhe causou muitas críticas e ofensas por parte da aristocracia brasileira. Uma delas, talvez a mais veemente, consta no discurso pronunciado por Rui Barbosa, no Senado, cujo título era “O Bodum das senzalas”, referindo-se ao poeta. Bodum, segundo o dicionário Aurélio, significa “fedor de bode não castrado. Transpiração fétida; catinga” (FERREIRA, 1993, p. 78).
O poeta chegou a ser internado no Hospício dos Alienados. O alcoolismo e a boemia foram responsáveis pelo seu esgotamento físico e mental, levando-o ao falecimento em 1916 no Rio de Janeiro.