Fernando Guedes
Fernando Guedes é um escritor e editor português que se dedicou essencialmente à poesia, às belas-artes e à história da cultura, ligado ao Concretismo em seu país.
1929-07-01 Porto
2016-08-28 Lisboa
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Alguns Poemas
Biografia
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Livros
Poeta, crítico de arte, editor e – se se considerar, sobretudo, a publicação de O Livro e a Leitura em Portugal: Séculos XVIII e XIX, 1987 – investigador no domínio da actividade bibliográfica. Frequentou a Universidade Técnica de Lisboa, não tendo concluído o curso de Economia em que se matriculara. Entre 1951 e 1958, após um estágio em Inglaterra, trabalhou na filial de Lisboa de uma casa de comércio inglesa. Em 1958 foi um dos sócios fundadores da Editorial Verbo, à frente de cuja direcção se tem mantido até hoje. Em 1969 foi eleito presidente da direcção do, então, Grémio Nacional de Editores e Livreiros e, sendo vogal, por inerência, da Corporação da Imprensa e Artes Gráficas, foi designado procurador à Câmara Corporativa. Em 1976 foi designado membro da Comissão Internacional da União Internacional de Editores, com sede em Genebra, ascendendo em 1981 à sua Comissão Executiva. De 1982 a 1987 foi novamente presidente da, agora, Associação Portuguesa de Editores e Livreiros. Em 1988 foi eleito presidente do Gelc-Groupe des Editeurs de Livres de la CEE, em Bruxelas, e vice-presidente da União Internacional de Editores. Ainda em 1988 integrou o Comité de Consultores Culturais da CEE na qualidade de vice-presidente do «Grupo Livro». Foi um dos fundadores, com David Mourão-Ferreira, António Manuel Couto Viana e Luís de Macedo, em 1950, das «folhas de poesia» Távola Redonda e, de 1959 a 1962, dirigiu a revista de cultura Tempo Presente. Colaborou também na revista Graal, dirigida por António Manuel Couto Viana. Co-dirigiu a secção de Belas Artes da Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, para a qual escreveu mais de 200 artigos. No campo da crítica de arte destaca-se a maneira como soube chamar a atenção para as primeiras manifestações de pintura abstracta, considerando em especial os casos de Fernando Lanhas e Nadir Afonso. As suas intervenções neste domínio encontram-se em várias obras, nomeadamente em Pintura, Pintores, Etc. (1962) e Estudos sobre Artes Plásticas (1985). Procurou encontrar para a sua poesia o que, no campo verbal, corresponderia ao rigor, ao Construtivismo e a um certo esvaziamento, acentuado pelo recurso a construções elípticas, que se diriam próximos do Abstraccionismo.