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Poeta.Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa, Helder Moura Pereira é autor de uma extensa obra poética. Começou no Cartucho (1976) e tornou-se, na segunda metade dos anos 80, um dos representantes do minimalismo pós-moderno.A sua poesia, devedora da tradição anglo-saxónica, opera, numa urdidura de pequenas cintilações, um minucioso rastreio dos sinais do quotidiano mais prosaico. Uma acumulação de resíduos em tom de enunciação neutra, sedimentar (por oposição a ígnea). Até publicar Em Cima do Acontecimento (1995) pode mesmo dizer-se que a sua obra institui uma maiêutica do silêncio. Como se Helder Moura Pereira, narrador de nível extradiegético, tivesse abdicado do ímpeto declarativo. O que esse livro traz de novo é a sabotagem desse discurso. Decerto não por acaso, a sua primeira edição foi assinada com o pseudónimo H. Castanho. A partir daí, o uso da mise en abyme potencia uma espécie de cinismo social. Digamos que este registo ilustra, por assim dizer, as «feições desta situação (pós)moderna do clássico de ocasião, na justa medida em que [é] a substituição da poeticidade por um pró-forma.» (cf. Américo António Lindeza Diogo, 1997)Tem colaboração avulsa dispersa por revistas como Sema, Correspondência Literária, Colóquio-Letras, O Escritor, entre outras.Foi assistente da Faculdade de Letras de Lisboa, no Departamento de Estudos Anglo-Americanos e leitor de Literatura Portuguesa no King's College da Universidade de Londres. Leccionou Português e Técnicas de Expressão do Português nos cursos de Formação Profissional da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa. Exerceu funções técnicas na área da educação de adultos, nomeadamente em animação de leitura e nos grupos de planeamento e redacção da revista Forma e do jornal Viva Voz, no Ministério da Educação. Foi técnico superior do Ministério da Justiça, em funções no Estabelecimento Prisional de Lisboa.Tem traduzido autores como Marquês de Sade, Guy Debord, Charles e Mary Lamb, Ernest Hemingway, Silvia Plath, Jorge Luis Borges e Jorge Edwards.