Hélio Pellegrino
Hélio Pellegrino foi um psicanalista, escritor e poeta brasileiro, célebre por sua militância de esquerda e por sua amizade com os também escritores Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Nélson Rodrigues.
1924-01-05 Belo Horizonte
1988-03-23 Rio de Janeiro
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Alguns Poemas
Biografia
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Livros
O psicanalista mineiro Hélio Pellegrino nasceu dia 5 de janeiro de 1924 em Belo Horizonte. Formado em Medicina, filho de médico, desde estudante participou ativamente da vida plítica do país. Lutou contra o Estado Novo e, em 1945, foi um dos fundadores da Esquerda Democrática, ala UDN. Por meio de artigos publicados em jornais do Rio de Janeiro e São Paulo, discutiu com a mesma intimidade sua especialidade, a Psicanálise, e os caminhos da religião, política, arte, economia e literatura.
Incansável, Hélio Pellegrino participou, ainda, da fundação do Partido Socialista Brasileiro e da direção do Partido dos Trabalhadores. Além de médico e escritor, ele também foi poeta. Na década de 50, mudou-se para o Rio de Janeiro onde permaneceu até a sua morte, em março de 1988.
Fiel às suas convicções na luta pelos direitos de cidadania, Hélio Pellegrino batalhou contra a Ditadura Militar e contra as posições de sua sociedade psicanalítica com respeito à sua adaptação ao regime de exceção. Numa histórica mesa de debates (ano, local) manifestou-se contra a estrutura vertical do poder psicanalítico em suas instituições em um título que ficou famoso: Os Barões da Psicanálise". Na época, ja existia o mal estar de se haver revelado a existência de um candidato psicanalista que fazia parte de uma equipa de tortura.
O livro Hélio Pellegrino - A Paixão Indignada, escrito pelo jornalista Paulo Roberto Pires, narra que o velório de Pellegrino reuniu 500 pessoa, entre intelectuais, jornalistas, religiosos, políticos e poetas de diferentes tendências, estilos e orientações. Sobre o evento, há uma frase de Rubem Braga que ficou célebre na ocasião, "Nuna vi tanta mulher bonita".
Pellegrino tem uma frase que talves resuma um pouco a sua alma: "Só a ressurreição da carne me sustenta. É ela que constitui a última utopia humana, o projeto essencial ao qual se refere e se alimentam todos os projetos".
Incansável, Hélio Pellegrino participou, ainda, da fundação do Partido Socialista Brasileiro e da direção do Partido dos Trabalhadores. Além de médico e escritor, ele também foi poeta. Na década de 50, mudou-se para o Rio de Janeiro onde permaneceu até a sua morte, em março de 1988.
Fiel às suas convicções na luta pelos direitos de cidadania, Hélio Pellegrino batalhou contra a Ditadura Militar e contra as posições de sua sociedade psicanalítica com respeito à sua adaptação ao regime de exceção. Numa histórica mesa de debates (ano, local) manifestou-se contra a estrutura vertical do poder psicanalítico em suas instituições em um título que ficou famoso: Os Barões da Psicanálise". Na época, ja existia o mal estar de se haver revelado a existência de um candidato psicanalista que fazia parte de uma equipa de tortura.
O livro Hélio Pellegrino - A Paixão Indignada, escrito pelo jornalista Paulo Roberto Pires, narra que o velório de Pellegrino reuniu 500 pessoa, entre intelectuais, jornalistas, religiosos, políticos e poetas de diferentes tendências, estilos e orientações. Sobre o evento, há uma frase de Rubem Braga que ficou célebre na ocasião, "Nuna vi tanta mulher bonita".
Pellegrino tem uma frase que talves resuma um pouco a sua alma: "Só a ressurreição da carne me sustenta. É ela que constitui a última utopia humana, o projeto essencial ao qual se refere e se alimentam todos os projetos".
Ver também
devoto
LHomme Révolté
Venho de um negro tempo irredutível,
anterior a mim.
Vou para um negro tempo desmedido,
infinito campo de ébano
onde me apagarei.
De uma escarpa a outra,
transfixado entre negro e negror,
danço — centelha breve — o meu furor.
07/janeiro/2020