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Trovador português de ascendência fidalga,escreveu entre 1248 e 1280. Participou na conquista do Algarve desempenhando, mais tarde, importantes cargos políticos e administrativos na corte portuguesa de D. Afonso III e D. Dinis. Viajou por Castela e Portugal, tendo travado conhecimento com diversos trovadores nas cortes por onde passou.
Os seus textos, cinquenta e dois no total, estão repartidos do seguinte modo: vinte e uma cantigas de amor, quinze cantigas de amigo, duas sátiras literárias, um serventês moral, oito cantigas de escárnio ou maldizer, e cinco tenções. O seu estilo, muito mais pessoal do que é característico encontrar nas poesias líricas deste período, revela uma constante preocupação de ordem literária, vísivel na riqueza das figuras retóricas e na sua eficácia expressiva. A linguagem das suas cantigas satíricas chega por vezes a ser brutal e obscena. Ao introduzir uma das suas mais interessantes inovações temático-estilísticas — cantar o amor de uma senhora que não era uma dama mas uma ama, uma jovem esposa burguesa — despoletou uma polémica pontuada de alusões burlescas e brincadeiras, mas também de censuras contundentes, em que intervieram vários trovadores e jograis da corte de Afonso X (rei de Leão e Castela)