Alguns Poemas
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Poetisa, descendente do poeta arcádico Curvo Semedo, viveu a maior parte da vida em Setúbal. A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira diz que «muito nova ainda, logo aos 14 anos, revelou o seu talento poético», acrescentando ter recebido «fortes aplausos de nomes consagrados da época na literatura, como Castilho, Gomes de Amorim, Júlio César Machado, Xavier Cordeiro [...]», após a publicação na Gazeta Setubalense, Voz Feminina e outros jornais. Casou com Cândido de Figueiredo, que prefaciou os seus Murmúrios do Sado (1870), a sua primeira obra em livro, contendo 61 poemas líricos. Já póstuma é a publicação de Revérberos do Poente (1883), a respeito do qual não deixa de ser significativa, num contexto da história literária da época, a notícia inserta no Diário Ilustrado de 6 de Março de 1883 e transcrita no Dicionário Bibliográfico Português: «Este livro, que é todo de amor e bênçãos, representa a herança que duas criancinhas receberam do coração amantíssimo de sua mãe estremecida [...] lição de afectos íntimos, queridos, que se expandem suavíssimos no templo da família.» E ainda: «D. Mariana Angélica de Andrade possuía o sentimento que se espraia em poesia; não a arte genial que faz versos soberbos, poderosos de talento [...], antes procurava esquivar-se às influências das assimilações realistas que formam a atmosfera do nosso meio literário.» (o itálico é nosso.) De entre numerosos «contos, artigos de crítica, fantasias e outros trechos literários» (Dicionário Bibliográfico Português, t. XVI, p. 365) que deixou inéditos, destaque-se ainda a publicação igualmente póstuma de As Esporas do Alferes (1884).