Marina Tsvetaeva
Marina Ivánovna Tsvetáyeva, foi uma poetisa e tradutora russa.
1892-10-08 Moscovo, Rússia
1941-08-31 Ielabuga, Rússia
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Marina Tsvetáieva foi uma poeta russa, nascida em Moscou em 1892, no então Império. Suas associações mais próximas na poesia de seu país no início do século foram os colegas Óssip Mandelshtam (1891 - 1938), Anna Akhmátova (1889 - 1966) e Boris Pasternak (1890 - 1960), poetas que a geração seguiu desperdiçando tempos depois da elegia de Roman Jakobson a Vladimir Maiakóvski. Os detalhes gerais e terríveis de sua vida são conhecidos: com a Revolução Russa, exila-se com a família em Berlim, Praga e mais tarde em Paris. Em Praga, seu caso amoroso (e separação) com Konstantin Rodzevitch geraria dois de seus longos poemas mais conhecidos, o "Poema da Montanha" e o "Poema do Fim". Na capital francesa, seu marido, o poeta Sergei Efron (1893 - 1941), é acusado de participar do assassinato de Ignaty Reyss e a família é forçada a retornar à União Soviética, onde Efron acaba fuzilado e sua filha presa. Em meio à Segunda Guerra, enquanto a maior parte dos escritores é evacuada para Chistopol, Tsvetáieva e seu filho são evacuados para Yelabuga, onde não tem como se manter financeiramente. Após ter seu pedido de emprego na cantina do Fundo Literário Soviético em Chistopol recusado (o poeta Valentin Parnakh seria aceito como porteiro), Tsvetáieva retorna a Yelabuga, onde se enforca.
Se poetas como Blok, Khlebnikov e especificamente Maiakóvski encontrariam sua elegia na monografia de Jakobson, A Geração que Desperdiçou seus Poetas (1930), o trabalho de Mandelshtam e Akhmátova teriam sua defesa nos dois volumes de memórias de Nadezhda Mandelshtam (1899 - 1980), a viúva do poeta nascido em Varsóvia e morto na Sibéria.
Mas o trabalho de Tsvetáieva seria mais tarde championed por poetas mais jovens, como Joseph Brodsky (1940 - 1996), que escreveu pelo menos dois ensaios brilhantes sobre seu trabalho, "O poeta e a prosa", tratando dos textos em prosa da autora, e ainda o longo "Nota-de-rodapé a um poema", sobre o poema "Novogodnee", ou "Saudações de Ano Novo", escrito por Tsvetáieva em 1927, em Bellevue, nos arredores de Paris.
Sua poesia lírica conjuga violência sígnica e expressiva como poucas outras, que mesmo pelos túneis da tradução nos atinge.
--- Ricardo Domeneck