João Pedro Roncha

João Pedro Roncha

joaoroncha Joao Roncha Actor, Poet, Voiceover Artist & Notorious Raconteur About He made his debuté in the world of acting at the age of 12 in the film “Jaime” by Antonio Pedro Vasconcelos. He joined a semi-professional theater company a year later, under the guidance of António Capelo, among others, presented theater plays and trained in the area during two years. He made some television commercials, some as a protagonist, among them the fanta advertisement in 2003, makes regular appearances in additional cast in television soap operas, olhar da serpente, laços de sangue, morangos com açucar are some of the adverts. In 2006, at the age of 20, he left for New York, returning at the end of that year, where he once again took part in a training course for actors at ACE (contemporary performance academy). Has theatrical training at higher level, enrolled at the School of Arts of Porto, changing however the degree for another area Finally, highlight his presence in cinema, and he says that it s in the seventh art he feels most comfortable, with some feature films and short films in his curriculum, highlighting his participation in the shooting of the film The Lake produced by Luke Besson. Alongside his passion for acting, he began writing poetry at the University of Coimbra, where he graduated in 2013. He had already discovered his “poetic sensitivity” in secondary school, and his texts were frequently praised by teachers. Living in cities like New York, Barcelona, Lisbon, Porto and Berlin, developed and improved his writing, which he now presents in the form of originals by Poesia. Actor and Poet, currently resides in Italy. He published his latest book, the thriller SIN CODE - Código do Pecado, in November 2021.

1986-06-24 24/06/1986
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Alguns Poemas

Ao Inverso e Outros Contos

AO INVERSO! E OUTROS CONTOS
João Roncha

 

 

 

 

À minha família pelo amor incondicional, amigos pela amizade, momentos e histórias; e à minha “empatia” com poesia, por me fazer acreditar

 

 

É a depressão em constante evolução…

“NANISMO MENTAL-  O Temor de dizer diferente…o temor do desagrado é uma forma de nanismo mental e é umas das lepras que nos temos que libertar”José Hermano Saraiva

ENRICA
Osteopatia,telepatia,a empatia
De uma sinfonia
Que nem eu sabia o que queria
Trazer-te de novo
Sofrer de tanto e de tão pouco
Alimentado,eis que está o Ego fechado
Sou eu,mais ninguém,e tu ao meu lado

Um raio de sol
Uma brisa ao luar
Descobre-se pelo meio,o meu, o teu olhar…


A FUNDO,DO FUNDO A QUE EU PERTENÇO
Raios de luz,que dão vida às almas,corroem-se existências
Saudam-nos um passado,brinda-se ao futuro, se em vida há quem escolha como viver,na morte não há como escolher
Mães de amanhã, Pais de ontem,marcam o ritmo dos ponteiros de um relógio que teima em programar alarmes cognitivos de uma existência que nada tem de absurdo,mas ainda assim morde as dos demais

Serviço Social
Pensão Animal
fugir,voltar,sem sair do mesmo lugar
É este o destino do meu grande Portugal
Saber que no fundo,é uma troca capital
razão insuficiente
procura no jornal
Escrevo,alimentando certo ritual
Passos que dou,Cavaco junto ao rio,costas cansadas de me curvar
escória toda igual
Amor constante,presente num instante


Sentença dolorida,retorcida
num espaço temporal bem sentida
sabida,de antemão
que não passava de pura ilusão
Deitado,retorcido,derrotado
À luz fraca e ao silêncio medito na onda do
Saber,daqueles que avisam por saber
Daquilo que sou
Ou não sou
Faz parte de amadurecer!
Crescer com ela,um processo que gostaria de acompanhar
A aura persegue o sonho,incansável,que domina o sentimento
voraz,que me enche o peito,que me deita por terra
quando o céu ainda nem se abriu
a flor,essa que ela apanhou
o toque na pele
que só ela sentiu..!

BARCELONA

Sereno,refundido
agarrado a um passado fabricado
ritmado
rock ou fado
esgotado,cansado,amargurado
saberei-o a teu lado
Voa comigo num espaço orientado
ambienta a negação
luz de candeio mal apagado
essa dor,a que pertenço
Pretensioso,o pesadelo à espreita
uma noite já desfeita
uma linha destruída
realidade retorcida
destorcida…a sensação que estou bem
ou talvez não…


Cerrar os punhos ao Amor
nunca me pareceu boa solução
gritar bem alto esta dor
pois,não há bela,sem senão
o Homem convicto e de ideias simples
um salário trocado,por um lado cantado
outro negociado,um sábio qualquer
resta um luar,uma noite tranquila
um dia cinzento,
razia quando te tinha…
A poesia é a ordem
a cruz da salvação
a letra do meio
compõe a canção
sigo o caminho,universo que se expande
Apresento-me errante e constante
Distante,digo que amo,consoante
Haja quem saiba que a minha solução
é decisão pouco sábia
mas antes,uma hora,uma noite,um dia
saber o que sinto
pelo que próprio sentia

 


Esta é a minha história
de como amei e te perdi
mesmo consciente que estava errado
e,sofrendo o que sofri
Um manto protector
um filho desertor
confia
sereno induendo
qual Cristo redentor


MEMÓRIA

Memórias de um sonho e da vida que lá vai
ergue-se algures,perdida nem mais
sob a linhagem disfarçada,vulgo igual,arde-me
o tempo,por saber te não dar
no meio,a sombra,reclama o seu lugar
diz-me,em surdina,para eu caminhar,continuar
Memórias de um sonho,de uma vida,ou lugar
são elas,perdidas,reflectidas no olhar
Ao longe o que vem,virá,porque vem
e tu acordado,abraça-a bem
sonho,poeta,assertiva mente
Luis,o poeta,a estrela cadente
ruas,calçadas,portas fechadas
olhares,sorrisos,almas disfarçadas
são formas cansadas,essas tristes fachadas
areia,do mesmo saco,sempre igual
disformes
alheadas
lógica ou emocional


BERLIN

A força das palavras me contêm
a dor dessas amarras,amargas,solitárias
mulheres solidárias
de um poço quadrado,pintas esse quadro
Quis o louvor que fosse perdão
não veio por aviso,denuncia ou razão
Aquele homem de gravata que troca sonho por ilusão
peixe apanhado,fruto colhido na palma da sua mão
Escorpião da força e do sinal,e das carícias que trocamos
entre mundos desiguais
escuto-te,e de repente,me torno pequeno a teu lado
sentindo um sufoco,o cinto apertado
Deixai-me respirar um pouco mais deste ar
assim eu soubera quanto amor te pude eu dar

 

 

Cantemos,vivemos,a dançar nos fazemos!
luar,queimado,onde que impele
sorriso fabricado
razão demente!
folia incandescente…
voraz,a pedir
um tempo sem fim
malícia,tão perto,tão longe de mim…


Para os que bradam sorrisos abertos
e confiantes
apertam os punhos,e cerram os dentes
donos de uma força maior dizem eles
senhores de um templo voraz
salvam sua pele deixando os outros para trás
silenciam-se pela noite,num juízo fugaz
mostra agora,essa força,se és capaz
mostra o que foste,o que és e serás 
e dizes que és livre
mas o teu corpo,esse nunca o dás…


OUTROS FUNDOS

Saio por essa porta
sem sequer me dar conta
de quem sou,onde vou
onde estou,por quem sou
fujo de um lugar para o outro
onde não me conhecem
não sabem e dizem quem são
como a canção
o futuro para onde vou
incerto
indefenido
o trilho obscuro
escuro,triste,esconde o bandido
lá de onde sou
aí me conhecem
e dizem quem sou
sou o conhecido
que desconheço tanto de mim
sou o foragido
que só parece estar bem assim


De noite sou o que não sou
entre o estar e o não estar
de dia um cargo,um fardo pesado
aceito a posição por estar atol(o)ado
Realidade gestionada
peixe cru e mal passado
sinto o doce/amargo trago
resposta concisa
valente nação
em frente a um espelho
partindo a mão
luz
energia
que me guia e conforta
entro no café pela porta já morta
Ela,radiante
em pé,não sentada
são voltas não dadas
no meio do nada

Incessantemente,
Gira a ansiedade por dentro
Num aperto que nao sufoca
Mas que fica lá perto.
Constantemente,
Respiro com dificuldade
pensando que estou demasiado vivo
E quase, quase a morrer.
Continuamente,
Imagino o que ainda há pra fazer
como se nada tivesse feito
E já não tempo para o conseguir.
Rapidamente,
Desculpo-me nas circunstancias,
nas luzes que me ofuscam
E continuo a perseguir o meu sonho.
Lentamente,
Arrasto-me pelas ruas perdido
Com aquele olhar de quem o sabe
Mas não se importa com isso.
Facilmente
Me perco em sorrisos decadentes
Que seduzem o menino em mim
Para me esquecer do homem que sou.
Dificilmente
Esta ansiedade deixará de existir,
Nos melhores dias é a vida
Nos piores uma bela tempestade
Felizmente,
Não tenho de ter medo
Não tenho que afogar a ansiedade
Não tenho que parar

 

Sonhando 
soube o que era a liberdade interior
Sentindo
Vi que me tentavam negar tal sabor
Se me encontro a espaços
aos pedaços
inteiro e feroz
qual raio que atravessa a minha alma
naquele principio onde te encontrei
em que me dei,só eu sei,e quem amei
Longe do centro e da aspiração
Tu és o raio que atravessa o meu coração


Joao- o Espanhol mais uma vez Sonhador

Há de tudo e para todos
semblante pesado,alegre ou triste
caras que carregam mundos
outras um dia-a-dia sempre em riste
sabores passados
que não passam
passam os homem que carregam os sonhos
há sentido nos sonhos
há sonhos que não fazem sentido
qual politica,orçamento ou memorando
sigo sentindo
sigo tentando…

 

Sombra fugidia que não apaga a tormenta em que me encontro
pé descalço na areia
faz-me sentir o sabor de outrora
vibração rara
esta que me trazes
um sentido obscuro
por detrás desse teu muro
Voo pela noite fora
sentado,numa calçada pela aurora fora…
luz na janela diz que é hora
o sol
astuto
reminiscente
toca-me a pele,efervescente
as horas que gastamos na noite
com palavras inúteis
em conclusões,acusações
os olhares indiscretos de que fui vitima cooperante
Sem eu próprio saber sou eu que te nego
e,te prego,um sermão já feito
discurso,do qual tiro proveito
um final por revelar
ora bem,então,deixa andar


XXIX

A vida que se me apresenta assim!por si!
perdida,vendida…
entregue ao pecado
cansado,queimado
agarrado ao passado
Sejam bem-vindos
juro não me rir mais deste fado
Submisso,e de coração fechado
derrotado
pela escola da ilusão
o nome João,da familia
por quem trago e carrego
aconchegante
confortante
e sentido-me mais forte que fraco
vou pela noite,
acabado,arrastado, preso a esse tal passado


A VISTA DA JANELA

sabor,sensação nominal
dor,prazer
frustração individual
matriz,que corta e rompe
por rios,lagos,mares,oceanos
perdiz que voa no céu
que por perder a esperança,reza a outros santos
depostos,defuntos,anseias pela mudança
Ilumina a sede de vencer
remete para o final a força e o saber
Lábios perdidos,beijos a mil
noites vencidas, dias assim
Longe o tempo em que era criança
sabia que por ser,teria de o ser
nada mudou
então cantou
que por ser pobre,triste e feio
remou tão alto,que caiu num esteio

GOSTO DE AMOR COM DOR

Sentido e sereno
não ameno
por uma estrada sem sermão
logrado,um recado
Ignorado
outra vez
maio o teu mês
Abril torturante
sufocante
Solidão descabida
mentira cometida
onde há um ritmo pulsante
guardado no coração

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