Portugal
país de marinheiros
Que
um dia se fizeram ao mar
Embebidos
em laços de areia e vento
Procurando
novas saudades,
Raiando
novos tormentos,
Fugindo
do seu próprio seio
Que
murchava desgastado
Desesperado
por sangue novo,
À
vela, a nado, em frente
Seguia
insistentemente
O
coração grande dum povo
Muitos
foram o que delapidaram a sua nobreza,
Recalcaram
os seus sentidos,
Paralisaram
a sua vontade,
Imensas
agressões lhe deram ânimo e certeza
Que
um dia, com a chegada da aurora e da verdade
Soltaria
livremente os seus filhos e seus medos
E
tranquilamente, voaria para a liberdade
Sem
ser escritor ou poeta nascido
Algo
surgiu do meu pequeno nada
Escrevendo
sem ser leve ou subtil
Deixo
o jornal vagamente lido
E
à esperança, ao futuro, a tudo,
Eu
dedico Abril
Pensei
ainda, que mais escrever
Se
tudo o que tinha de ser dito, assim foi,
Penso
em tudo que estas gerações,
Nascendo
em saber o bom que é, o mau que foi,
Restar-lhes
as lembranças mal contadas,
Vezes
sem conta por ninguém
Cuja
memoria no tempo se perde
Das
formas que mais convém.
A
passo dado com a vida,
Seguimos
caminho adiante
Abrindo
nossos corações ao mundo,
Relembrando
velhos tempos
Que
um dia nos fez navegantes
E
com esse mesmo espírito ardente
De
poetas, cantores, artistas, artesãos,
Todos
seremos finalmente
Amigos de todos e de todos amantes