Amanda Silva

Amanda Silva

"Seus ares de demônio depositam-se na face. Tão logo é o desastre: a profusão da tempestade e do pouco que se sabe ou se entende por mulher."

1990-07-22 Parnaíba, Piauí
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Eu, Manifesto

Minhas vozes que silenciam são todas órfãs
Se por acaso te interessar saber quem as pariu
Te direi que são frutos das esperanças do dia
E dos planos insones da madrugada
Apesar da aura de fragilidade
São cheias de vontades e de dúvidas
Me provocam a todo momento
Buscando saber se são genuínas
Se são uma cópia barata dos versos do poeta
Ou se são forjadas a ferro para ser o que esperam
Dentro dessa confusão uma coisa tenho como certa
Sei que elas querem ganhar o mundo
Pena que a nudez ainda é indesejada
Seria uma entrada e tanto surgir no meio da praça
Despida de todas as correntes
Vociferando as agruras que vivem cativas
Que tem como único fim me torturar
Tudo isso é visceralmente bizarro
Aqui as prisioneiras que aplicam a pena
Não faz sentido
Mas quem disse que precisa
Agora tento escapar desse labirinto
E enquanto isso não acontece
Deixo aqui em linhas tortas e a pouca tinta
Um anuncio do meu futuro manifesto
E espero, espero, espero...
Com toda a paciência coagida
O dia destinado para a sua liberdade.
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