Thaís Fontenele

Escrevo poesia, porque de nada o mundo tá cheio e eu apenas ressignifico os nadas.

Parnaíba, Piauí
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Fazer-me no teu nada

Amar-te é ser uma viga na água,
paquerar-te é sentir o nada
- eu quero o nada -
não sei quem és tu,
nem és de saber,
pois saber-te é te prender-me a ti,
ancorar-te é firmar o encanto,
não quero achar-me nos teus sentidos,
não quero fazer-me pilastra do teu ser,
ah, se tu fosses meus anseios,
ah, se tu fosses a imensidão que não sei o que és,
ah, se teus cabelos tivessem estrelas,
como as que eu avistara,
ah, se tu soubesses navegar-me como um peixe fora d’água,
como uma formiga no mar,
como pingo nos traços,
és tu o sofrido, que eu finco,
que não a de acordar-me nos peitos.
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