AurelioAquino

AurelioAquino

Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.

1952-01-29 Parahyba
209212
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Palavras a Nínive

o míssil arquiteta

por sobre Nínive

uma reta

ângulo tenaz e reticente
como se fora esquina
do coração da gente
e lança-se fulvo

em eletrônica voragem

e nem se pergunta da vida
como há de
 
Nínive assim deitada
é no deserto de si
uma paisagem
rouca arquitetura
de ingente norma
Nínive não comenta
apenas informa
 
e na cabeça do míssil

se afoga

como uma rosa que explodisse súbita
nas mesopotâmias da história.
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