Eu, que não sou daqui

Estou por fora
e tranquei-me a porta
chaves decomponho estigmas,
cantigas.

Sou livro aberto
de Luiza, carinhos
que Pixinguinha pede ler.

Sou felicidade
que me tem por companheira
e água bota ao feijão.

Sou sete de setembro
outras vezes, não.

Um dessa gente por se descobrir
Disney, quando Paris.

Eu que não sou nada
e que o que sou é por você
conceder-me do que sobrou
o pouco do viver.

Dessa gente boa
talvez a água de beber.

Triste é querer estar sozinho
e o mundo querer ter com você.
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