maria_ana_guimaraes
"A fome de criar caiu-me em cima da pele e afundou-se até ser entranha."
1993-04-18 Porto
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DELEITE
Escrevo para expelir do meu âmago,
a loucura artística.
Os olhos cegos para o mundo,
a mente lúcida na incansável percepção do ser.
Que a contemplação desmedida,
de gestos involuntários e de gritos cortantes,
nesta civilização fingida,
se materialize nesta folha de papel.
Quanto mais entro em mim,
mais livre sou, mais regurgito.
Sinto palpitar, dorida, a minha cabeça.
Minha inspiração febril faz-me transbordar.
Gelada.
Em momentos insanos.
sou fora deste mundo,
Sou um mundo em mim.
De essência! De sentido!
Consigo desmaterializar-me em pó de estrelas,
no começo de tudo.
Na ânsia do saber, da procura da verdade.
Que formigueiro é este que me percorre?
Que me faz arranhar meu corpo.
Até sangrar.
Até fazer minha alma quente escorrer pelo meu peito.
Sorvo-me e impludo,
numa emoção frenética,
Numa criatividade convulsiva.
Epiléptica!
Arranco-me de mim,
compulsivamente.
Escrevo para que eu possa existir,
enquanto ser, único.
Que a arte expatrie a teoria, a técnica.
Seja ela a expressão límpida do nosso espírito,
Desbotada de minuciosidades,
rica de sentido uno.
Que se banem os academismos!
as correntes pesadas e ferrugentas,
Que nos puxam para um precipício
Do qual não se ouve o fundo.
A arte é refúgio da alma,
é a génese do ser e da explosão emocional.
Uma amálgama de sentir e pensar,
abalroada em cada fôlego.
Seja a compreensão do mundo,
esta fadiga que transpiro.
Ganhe vida, ela, que colida com a tua,
provocando o parto de uma nova ideia.
Livre da jaula do preconceito,
não seja mais domada pelo formalismo do erudito.
Que de tanto que quer ver,
fica cego, imune à beleza da obra.
De um colorido espontâneo,
de uma paixão assolapada,
de uma força intrínseca,
de uma mão cheia de nada.
"Na música não há teorias...basta escutar. A regra é o prazer!" Debussy
a loucura artística.
Os olhos cegos para o mundo,
a mente lúcida na incansável percepção do ser.
Que a contemplação desmedida,
de gestos involuntários e de gritos cortantes,
nesta civilização fingida,
se materialize nesta folha de papel.
Quanto mais entro em mim,
mais livre sou, mais regurgito.
Sinto palpitar, dorida, a minha cabeça.
Minha inspiração febril faz-me transbordar.
Gelada.
Em momentos insanos.
sou fora deste mundo,
Sou um mundo em mim.
De essência! De sentido!
Consigo desmaterializar-me em pó de estrelas,
no começo de tudo.
Na ânsia do saber, da procura da verdade.
Que formigueiro é este que me percorre?
Que me faz arranhar meu corpo.
Até sangrar.
Até fazer minha alma quente escorrer pelo meu peito.
Sorvo-me e impludo,
numa emoção frenética,
Numa criatividade convulsiva.
Epiléptica!
Arranco-me de mim,
compulsivamente.
Escrevo para que eu possa existir,
enquanto ser, único.
Que a arte expatrie a teoria, a técnica.
Seja ela a expressão límpida do nosso espírito,
Desbotada de minuciosidades,
rica de sentido uno.
Que se banem os academismos!
as correntes pesadas e ferrugentas,
Que nos puxam para um precipício
Do qual não se ouve o fundo.
A arte é refúgio da alma,
é a génese do ser e da explosão emocional.
Uma amálgama de sentir e pensar,
abalroada em cada fôlego.
Seja a compreensão do mundo,
esta fadiga que transpiro.
Ganhe vida, ela, que colida com a tua,
provocando o parto de uma nova ideia.
Livre da jaula do preconceito,
não seja mais domada pelo formalismo do erudito.
Que de tanto que quer ver,
fica cego, imune à beleza da obra.
De um colorido espontâneo,
de uma paixão assolapada,
de uma força intrínseca,
de uma mão cheia de nada.
"Na música não há teorias...basta escutar. A regra é o prazer!" Debussy
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