O Limite do Horizonte
Aponto os olhos para mim
E não vejo um desejo intacto
Na vastidão do vão sem fim.
A essência que procuro - enfim -
Pela malha do próprio impacto,
Está mais morta que o latim.
Eu mesmo não a conheço, induzo
A partir de uma irritação
Pela pele, amargo cetim.
Sentir um sintoma inconcluso
Clareia minha conclusão:
Sou vazio, não há nada em mim.
De fim em fim, vou definhando
Enquanto descubro que o mundo
É profundo e feito de brim.
Um mero tecido profuso
Cobrindo o anseio, moribundo,
De ir além do céu carmesim.
E não vejo um desejo intacto
Na vastidão do vão sem fim.
A essência que procuro - enfim -
Pela malha do próprio impacto,
Está mais morta que o latim.
Eu mesmo não a conheço, induzo
A partir de uma irritação
Pela pele, amargo cetim.
Sentir um sintoma inconcluso
Clareia minha conclusão:
Sou vazio, não há nada em mim.
De fim em fim, vou definhando
Enquanto descubro que o mundo
É profundo e feito de brim.
Um mero tecido profuso
Cobrindo o anseio, moribundo,
De ir além do céu carmesim.
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