Milagre
No quarto da frente
mora um milagre,
que em toda noite
bate em minha porta.
Visto as vestes mais belas,
mas o que estou esperando,
se sempre que atendo
me viram as costas?
Então rebolo os sapatos ao vento,
me rendo como um trigal;
Deusa, se isso é um teste
e estás me ouvindo,
eu aguento.
Trinta mil gotas caindo
pela minha cavidade ocular,
carne, osso e nervo exaurido
vão te ouvir me chamar,
mas não vão te amparar.
Mesmo que eu chore
meus próprios cacos,
eu aguento.
mora um milagre,
que em toda noite
bate em minha porta.
Visto as vestes mais belas,
mas o que estou esperando,
se sempre que atendo
me viram as costas?
Então rebolo os sapatos ao vento,
me rendo como um trigal;
Deusa, se isso é um teste
e estás me ouvindo,
eu aguento.
Trinta mil gotas caindo
pela minha cavidade ocular,
carne, osso e nervo exaurido
vão te ouvir me chamar,
mas não vão te amparar.
Mesmo que eu chore
meus próprios cacos,
eu aguento.
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