o amor já não arde...

estendo a colcha de renda
sobre a cama
ouço o bater do coração que te ama
os lençóis estão frios
e o poema ainda mal começou
inconformado com sonhos vazios,
angústia me causou.

dizendo-me baixinho:
segue, e deixa-me p´lo caminho!
um gosto amargo aflorou-me à boca
quase morri por coisa tão pouca.
ás vezes é um verso que desaba
por um  motivo qualquer,
logo o poema não acaba
queda-se em mim a sofrer.

se o amor já não arde
foi-se o tema, já é tarde!


natalia nuno
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