À SOMBRA
Filho das vicissitudes, presado claustrofóbico,
Que luta para escapar das eternas sombras,
Mal sabe, pois, que nessas mesmas sombras
Descansará seu corpo tredo - vil Esciofóbico;
Da agonia do inevitável à podridão das horas...
Ah! A podridão, essa megera perfumada que beija-
Nos as mãos, as mesmas que com afinco arqueja
À salgar as bicharias com o festim das sobras...
Da decomposição fria da vazia alma...
Da cruel impassibilidade da arcária lágrima
Que se balança, tremula, pelas frestas oculares...
Descanse-mo-nos, sós, dessa vida amarga;
Sem luz, sem som, sem dor, sem nada,
No torpor etereal dessas perpetuas grades.
Itamar FS
Que luta para escapar das eternas sombras,
Mal sabe, pois, que nessas mesmas sombras
Descansará seu corpo tredo - vil Esciofóbico;
Da agonia do inevitável à podridão das horas...
Ah! A podridão, essa megera perfumada que beija-
Nos as mãos, as mesmas que com afinco arqueja
À salgar as bicharias com o festim das sobras...
Da decomposição fria da vazia alma...
Da cruel impassibilidade da arcária lágrima
Que se balança, tremula, pelas frestas oculares...
Descanse-mo-nos, sós, dessa vida amarga;
Sem luz, sem som, sem dor, sem nada,
No torpor etereal dessas perpetuas grades.
Itamar FS
464
0
Mais como isto
Ver também
Escritas.org
