INSÔNIA

Grita ao meu ouvido esse monstro -
Me desperto; é noite, já é tarde,
Algo me observa, então, covarde,
Eu finjo sono, mas não o encontro.

Cubro-me, e agora estando absconso
Penso: fora só sonho que agora evade, 
Não há segredos, nem há conclave;
Somente eu, sorrindo insonso...

Em vão, me deito... Vou refletir: 
Que besta é essa, sempre a surgir
Quand’olhos fecho, quando descanso?! 

Porque que o sono eu não alcanço?!
E a besta sempre a me exaurir...
Aconteceu que amanheceu e eu não dormi!

Itamar FS
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