PSICOGRAFIA DE UM EX SOFISTA

Se então morrer refém do eleatismo,
Não te alardes com o novo mundo
Tão transcendente, sem o Pseudoprumo
Que t'encontravas n'antropomorfismo.

Pensava eu: durar igual ao dólmen,
tão abstrato no espaço-tempo;
É só afago ao descontentamento
Ou silogismos das prisões do homem?!

Foi só na morte - esta mulher amarga -
Que da matéria receia-se e a apodrece
Em tudo, e dela não se escapa;

Que encontrei a minha forma inata
Na existência do EU, que excede
O próprio céu e inferno que herdara.

Itamar FS

 
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