HERDEIRO DE ANTIGOS DIAS
Aprisionado num tumor d'encarne, vago
Sob o flagelo espectral de pus e dores.
Sangro o frescor assíduo de eterno horrores
Desde meus sonhos ancestrais - divino fado!
Se a supérflua solidão de antigas preces,
A mim, pudesse guarnecer a empatia,
Eu saberia, assim, sofrer da agonia
E ser escravo de um agror que me fenece.
Vem - findas horas - soterrar-me nessa terra,
Pois eu carrego o vírus - ávido pecado -
E no meu ser a morte jaz e nunca erra!
Vem pra sanar o filho ignóbil da megera,
Que no jardim, agrilhoou em dor de parto,
A vida e toda a criação à tua espera!
Itamar FS
Sob o flagelo espectral de pus e dores.
Sangro o frescor assíduo de eterno horrores
Desde meus sonhos ancestrais - divino fado!
Se a supérflua solidão de antigas preces,
A mim, pudesse guarnecer a empatia,
Eu saberia, assim, sofrer da agonia
E ser escravo de um agror que me fenece.
Vem - findas horas - soterrar-me nessa terra,
Pois eu carrego o vírus - ávido pecado -
E no meu ser a morte jaz e nunca erra!
Vem pra sanar o filho ignóbil da megera,
Que no jardim, agrilhoou em dor de parto,
A vida e toda a criação à tua espera!
Itamar FS
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