
Flávio Gomes da Silva
Canto versos sem me perguntar, sem procurar, sendo o quanto há de ser sem algemas
1968-09-09 Rio de Janeiro
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MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
Enquanto ouço o silêncio aportado
Um grito ecoa no mundo
Tão persistente que ensurdece
Tão loucamente, e padece
Na utopia desprezada
O silêncio arregalado vela
A insuportável dor da perfeição
Ah! Se essa fábula existisse
As lágrimas seriam de amor
A criança não sentiria dor...
Ah! Se o mundo soubesse
O que fazemos escondidos
Não haveriam feridos
Nem as matas queimariam...
Com o silêncio aportado
Da janela, vejo o sombrio
Um passado que não se apaga:
Ossos andando pelos campos
O passado, às vezes, são como galhos secos
Numa memória contida por baques
É como uma rua com vários becos
Como uma pena sofrendo ataques
Uma vida nova no mundo
Não faz o passado morrer
Porque no mundo está a ruína
Do sangue que traz a herança
A mim só resta a morfina
E não perder a esperança
Um grito ecoa no mundo
Tão persistente que ensurdece
Tão loucamente, e padece
Na utopia desprezada
O silêncio arregalado vela
A insuportável dor da perfeição
Ah! Se essa fábula existisse
As lágrimas seriam de amor
A criança não sentiria dor...
Ah! Se o mundo soubesse
O que fazemos escondidos
Não haveriam feridos
Nem as matas queimariam...
Com o silêncio aportado
Da janela, vejo o sombrio
Um passado que não se apaga:
Ossos andando pelos campos
O passado, às vezes, são como galhos secos
Numa memória contida por baques
É como uma rua com vários becos
Como uma pena sofrendo ataques
Uma vida nova no mundo
Não faz o passado morrer
Porque no mundo está a ruína
Do sangue que traz a herança
A mim só resta a morfina
E não perder a esperança
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