TEMPO

Passa o tempo, demasiado e depressa,
Tanto, que mal sinto as cicatrizes,
Nem as linhas, que,  outrora fora atrizes,
Nesse palco de palhaço que m'expressa.
 
Cambaleia em meus olhos minha pressa.
- Ai, solidão, Quantos juízes
Para só um condenado sem raízes;
Um louco que a própri'alma opressa!?
 
Maldito Chronos! tua foice me atravessa
apartando-me dos dias mais felizes
e unindo-me as dores que revessa;
 
Meu futuro é incerto em teus tamises;
Meu presente é apenas os reprises;
Meu passado!? -  tua ira tão possessa!
 
 
Itamar FS

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ania_lepp
Teus escritos tocam a alma e calam fundo. Bons poetas são assim, afagam nossa alma com sua inspiração e seu lirismo, parabéns por tão lindamente versar!!!
19/dezembro/2021

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