AurelioAquino

AurelioAquino

Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.

1952-01-29 Parahyba
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Palestina em doses e recados

a pedra,
das mãos do menino
voa no seu pulo
o grito palestino

a manhã,
amordaçada no tanque,
grita  aos sicários
um sol molhado de sangue

o menino, já sem pedras,
morto sobre a rua,
é uma estátua urgente
dos feitos de sua luta
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