

marcioulisses
Amante da Literatura, Poeta, Biólogo, Mestre em Biologia Vegetal.
COMO AQUELE QUE VIVEU PARA CONTAR E COMO AQUELE QUE VOLTOU PARA CANTAR
Como aquele que viveu para contar, e como aquele que voltou para cantar...
Ele vivia, como cantou Dylan
Sobre as águas
Conquistando o pão pra ti
E dessa forma viveu seus áureos anos na terra
Compartilhou peixes, pão e a verdade
Entrecortou suas palavras como diamantes
A sublime paixão pelo divino que há no humano
Porque ele aqui esteve para nos encantar com seu brilho
Com sua distinção de cavaleiro celestial
Quando destrinchava todas as emoções existentes
Principalmente aquelas dos olhos de sua mãe
É a vida aqui também como lá
Aqui no sertão a gente planta na terra seca e colhe frutos cheios de suor
E ainda assim aquele o sertanejo é resiliente, forte, valente, sonhador e pensante
Como os adivinhadores de Buíque – que eu conheci de uma forma tão mágica
Como me fizeram crescer e aprender a observar o mato como a UFPE não o fez.
Os olhos claros daquela gente negra
Era o povoado todo uma família Siqueira
Não um latifúndio, sim um vilarejo de sítios
Como a poesia transcendente do nosso avô Luiz Gonzaga
E lá no sertão da Zona da Mata Norte, de Marcelinos de Lima e Constantinos da Silva