A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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Em minhas mãos...

 

 

Trago nas mãos, minhas razões.

São tantas empilhadas na minha memória. Representam muito para mim.

Só, para mim.

É provável que não importem a mais ninguém, pois para entender as razões alheias precisaríamos ter vivido a vida de quem as tem.

Tenho nas mãos, minha história.

Vivida e lapidada a cada dia. Como uma corda trançada com fios diversos, mas que formam um mesmo corpo.

Venho tecendo essa corda sem descansar um só minuto. Ao final da vida, não servirá a ninguém, pois todos se preocuparão apenas com o que ela possa ter amarrado e não o quanto custou-me tecê-la.

Seguro nas mãos alegrias e tristezas. Compreensões e incompreensões.

Lembranças que hoje moldam o que sou e no que me transformei.

Seguro nos dedos as saudades que mereci carregar.

Algumas leves como plumas, outras possuem o peso do chumbo. Não consigo deixá-las. Fazem parte de mim, me pertencem.

Tenho em minhas mãos, uma folha de papel em branco e um lápis, tosco e mal apontado, ambos postados sobre uma mesa iluminada com a luz trêmula de uma lâmpada que pende do teto.

Tenho minhas mãos frias. Mãos, que aprenderam, a esperar...

 

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ademir domingos zanotelli
Com este escrito poético caro JRUnder... vejo com outros olhos a vida , que sempre estás as nossas mãos. parabéns. felicidades. Ademir.
17/setembro/2025

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