ERIMAR LOPES

ERIMAR LOPES

Mil Santas palavras constroem, mas as ditas malignamente corroem e, se são fracas as bases, a essas destroem.

1971-05-10 Frei Inocêncio-MG
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JESUS VÊM

Sem tato descarto o que é santo, sem manto sou rebelde desencanto, sou flagelo. Cúspide  do zangão amarelo, ferrão de morte, sem sorte. Cego vago pelo tato, sou extrato da conformidade que tropeça, que cai e recomeça. Sou um,  sou mil, um milhão sem fronteiras, buscando a paz, um lar, recursos, às eiras nem beiras, besteiras. Todavia nem o crido ou o cético as vezes tem um canto, todavia tem espanto, pranto. Mãos calejadas, cicatrizes não fechadas. Aonde tudo isso vai dar, para o grande ou o pequeno na terra não haverá mais mar. O que esperar, quantos já se foram e quantos ainda virão. Para falarem de lucros e riquezas, quantos ainda esperarão.  Sou desassossego, vaidade, asperezas, todas as belezas murcharão.  Sou todo olho que cego vaga vão apoiado num frágil bordão. O tropeço, a queda, o recomeço, tudo tem o seu preço para a mão que balança o berço.  Sou diapasão que afina o instrumento, homem  cego que toca a nota distinta no certo momento, e ouve o sonido da trombeta. O arrebatamento. Jesus vêm.  

Erimar Lopes. 

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