Esperança !

Esperança !

Minha alma ainda sustenta a esperança
De voltar a ver aquele bem tão desejado
Nem que seja uma tormenta ou um pecado
Nela repousa minha última lembrança

Suspiros, lamentos, o preço do desejo
Paixão, emoção, fogo que dilacera
Desatino de amor, sonho, quimera
Sentimentos que crescem de sobejo

A dor que sufoca o meu peito triste
Só nela encontra alívio e consolo
E se no sentimento o amor esmolo
É porque o amor no peito ainda persiste

Se morto na aparência, o mal condena
Penitência minha, desculpa extinta
Pois não resta do amor que eu não sinta
Na memória a razão de dor e pena

Resistência, pena cruel, tormento
Venenos de amor que o coração sorve
No silêncio repousado que absorve
Saudade do perpétuo sentimento

O socorro, a aflição, ninguém procura
Porque falta à minha alma contentamento
E se a causa é eterno esquecimento
Quanto resta desta minha desventura

Não há tormentas que o amor não vença
Nem lágrimas de fel que amedronte
Quando é forte nada dobra a sua fronte
E perdoa esquecendo agruras e ofensa

Esquece dos espinhos e amargores
Dos prantos derramados soluçando
Mesmo com a alma tristonha e chorando
O coração suplanta todas as dores!

São Paulo, 14/04/2003
Armando A. C. Garcia

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