solidão
seis meses de maturação no fundo do mar
eram setecentas
muito bem alinhadas debaixo das barcas
cinquenta a cinquenta dispostas verticalmente
o circuito de manutenção para as algas
às vezes o meu tempo também estagia muito devagar
como as garrafas no fundo do mar
qual teste à minha profundidade
a temperatura, a corrente, a luminosidade
o meu trio sob averiguação
para ver o que serve melhor o envelhecimento
e fica vago, muito vago
deito o meu vazio...
- qual vazio, se o vazio não existe?
- então será o pleno de indefinição?
cala-te e sai do caminho
... deito o meio vazio no teu lindo lençol de seda negra
e sinto-me menos só com o corpo
Hengki Koentjoro | Série Waterscape (*), nº. 11
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(*) Captured in its various countenances, water poses in these series as an enchanting backdrop to the center stage figures. It roars through the gaps among a group of stoical rocks and it dances around a water temple creating a mystical mist. The combination of the static and the dynamic elements forms a composition with strength of presence that sends the rest of the world fading into the background.
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