ania_lepp

ania_lepp

"...escrever é a minha maneira de preencher um pouco do meu vazio... um jeito que encontrei de não me sentir tão só...não sou poeta, sou solidão... (ania)

1972-12-01 Porto Alegre
70242
12
22

Tristura...(soneto)


Noite escura tenebrosa, o medo
a penetrar por dentro, corroendo,
o vento forte, as ondas se debatendo
insanas, de encontro aos rochedos...

Sozinha, vou em frente, não retrocedo
diante da tempestade enfurecendo,
continuo, pés descalços, chorando,
meu pranto para o mar não é segredo...

Cabelos pelo vento embaraçados,
um cansaço que consome e perdura,
uma saudade que dói e amargura...

Sigo, coração abatido, alquebrado,
alma envolta em pesar e tristura,
fantasma do dissabor e da loucura...
(ania)
1871
11

-
Anna Flávia Schmitt Wyse Baranski
Sensacional!
18/dezembro/2023
-
laertgoulart
vim te conhecer aqui... ainda não consegui, mas sem te conhecer, ja gostei do que li...
30/abril/2020
-
rosafogo
Belo...parabéns!
23/setembro/2018
-
danielacavalheiro
Amei o aspecto visual do poema, e como você nos transporta para o lado do Eu Lírico, consigo observá-lo e senti-lo. Um prazer ler poemas contemporâneos como esse.
01/outubro/2017
SergioRicardo
Fulano escreve e Beltrana escreve: Sicranos, ciganos e hispanos, todos poetas, escrevem. Mas quem lê tanta poesia? Mas... também pudera, são milhares de coisas anêmicas, besteiras puras que são oferecidas para leitura, de forma que até desanima garimpar com os dedos sem amparo por entre só agulhas e cacos de vidro. Tudo, por fim, que afasta o eventual leitor do futuro que procura frutos e encontra apenas... talvez, matagal inútil e morre de fome. Sim, toda esperança é afastada daquele que escreve com tento em meio ao magma pegajoso de jovens, ou já nem tão jovens (o que é mais indesculpável), guiados pelas tendências coloridas, os burros, ou loucos, ou burros e loucos, tão capazes dos próprios destinos como bolas de gás soltas ao vento. Resumo, resta este mundo de desejos de ser feliz, onde a loucura é confundida com a evolução da humanidade e deixa de ser loucura e se torna o ideal a ser seguido. Mas a evolução do galho no rio que vai para a cachoeira, sempre para frente, sabemos onde vai terminar. Cinco palavrinhas que não formam sentido e... caso formem (alguma vez ou outra), nada emocionam, pouco importam. Isso é poesia? Na visão daquela jovem e daquele moço que só sabem de si o que disseram de si mesmos para eles (para que eles fosse eles mesmos falando por outros ainda mais outros como se fossem eles), aquilo é um haicai transcendental, capaz de tornar a libertar Prometeu ou Lúcifer, de vez e tornar melhores os humanos. Mas só o que conseguem é expulsar um leitor comum para longe e muito longe, atrapalhando e muito os que eventualmente merecessem atenção. É a perfeita erva daninha, Prometeu ou Satanás em meio ao Jardim da Criação. Tautologias tateando no óbvio e definições filosóficas que sequer o prosaísmo conseguem tocar. A fermentação da incultura: tornar tudo banal a ponto de secar e desaparecer por completo. Por isso, algum leitor quixotesco tem a obrigação de sair duelando, página por página, assinalando o que se lhe pareça diferente do inútil, para os que venham por ali passar depois tenham alguma orientação, algum novelo no labirinto do minotauro como esperança. Por isso, mais uma vez e sempre, e sempre, e sempre, muitíssimo obrigado a você (e aos poucos como você), ANIA LEPP, por fornecer lâmpadas HEROICAS através da escuridão sem fim dos medíocres e ousados. E medíocres e pretensiosos. Ou apenas os diletantes sem o devido dom ou vocação. É preciso, pois, “favoritizibilizar” (sic), gostar, comentar, repetir, dar afago, vitamina da alma, aos que realmente são bons. Para que estes nossos irmãos das letras não esmoreçam, não desanimem, não desistam. Pois num mundo de robôs de carne e osso, só nos restam os poucos argonautas. Obrigado, muito obrigado, ANIA LEPP
21/setembro/2017

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores