Rodrigo Conte Cunha

Rodrigo Conte Cunha

1978-03-07 Belém do Pará
5654
0
4

Transmutar

Andanças negligentes, sinuosos precipícios
Mar de gente, tenros destinos
Um horizonte vil, imaculado fajuto
Segui por um fio perdido
Guardado em pensamentos vazios, luto
Fechado às opiniões ingratas
Sensato reconhecedor das trapaças
Me construí, forjei uma luta imaginária
Apoderei-me de um escudo e protegi-me de tudo
Apareceste
Das cinzas moldei com pó
Vislumbrei continuar só
Mas o caminhar sem ti perdi
E me vi preso, acorrentado
Dois caminhos fundidos
E as dores superei
As angústias enterrei
E quando mais próximo estou
Revela-se em vão o abraçar
Insuficiente estar ao lado
E por opção
Dentro de ti eu vou
E teu respirar eu respiro
Por teu olhar eu vejo
No teu coração eu pulso
No meu ar te carrego
Minha doce donzela
Retirante eu fui
Retumbante agi
E agora
Na brisa que hoje acaricia
Sem ti em mim, nada
Por ti mudo, me entrego
Sem ti, órfão, me desespero
Vida minha que é tua
Concernente da paixão
Eu te quero
189
0


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores