Pobre alma lusitana
Pobre alma lusitana a minha
Cheia de fado e amargura,
Chamo Deus como quem bebe
E repousa na cova escura;
Deixa que te olhe direito,
Os meus olhos já estão embargados,
Se eu pudesse pedir um desejo:
Que eu pereça e morra aos bocados;
Sob o teu sorriso de encantar
Ouvem-se as cantigas da manhã,
A madrugada hoje deitou-se cedo
Só para ti ela poder cantar;
Tão minha, tão somente minha,
Que sem eu saber não é,
Rendo-me a Deus, mas não a ti,
Meu anjo, como poderia?
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