O sapo
Aroldo era o sapo do Ivo
Queria tomar água um dia,
Pra isso ele entrou no banheiro
E assustou a Luzia.
"Socorro mamãe!" Gritou ela
E a mãe foi lá acudir:
"Escuta sapinho do Ivo,
Ache outro lugar pra dormir"
E o sapinho saiu procurando
Atrás do fogão se instalou.
Mas, apenas dois dias passando,
Foi à Carmen que ele assustou:
"Mãe! Vem cá! Olha isso daqui!
é de verdade esse sapo magrela?"
E a mãe pra mostrar que era mesmo,
Pegou o sapo e correu atrás dela.
"Mamãeinha do céu! ái me joga isso fora!"
"Mas ele já está a dois dias sem comer!"
"Então joga pra cima na grama,
Que muito mosquito lá ele vai ter"
E a mãe vendo a filha assustada,
Amarela, quase desmaiando,
Pegou o sapo em suas mãos bondosas,
E no gramado foi logo jogando.
Quando sete dias já eram passados,
O Guido na grama brincando.
De-repente surge em suas mãos
O couro do sapo que ele ia encontrando;
Eu queria o sapinho empalhar
E deixá-lo pra sempre a dormir
Mas a mãe veio então me falar:
"Empalhar eu não vou permitir!"
O que restou do sapo do Ivo
Hoje é apenas um couro.
Que nós, obedecendo à mamãe,
Jogamos fora pra não dar agouro.
Nick - 2001
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