sinkommon
Escrevo porque não tenho nada para dizer. Escrevo porque preciso. Não tenho mensagens nem respostas. Não faz sentido mesmo. E sim, são coisas 'esquisitas' porque eu não sei fazer outra coisa.
1992-10-22 Coimbra
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NADA
Nos recantos remotos da noite,
notas nadas em vazios vigilantes
antes nada vias e,
vá, admite
tens nos olhos prazeres frustrantes.
Toca ecoa e treme, a corda.
Acorda no escuro ofuscante.
O breu viscoso e coruscante
consome-te o peito
transborda.
A bordo de um navio vermelho,
velho, veleja veloz sem vento.
Atento o teu olhar, atento
focado no brilho baço do mar
sob o casco que o rasga lento
abre as mãos e os braços
és só tu, só tu no navio.
Salpicada de gotas encarnadas
a tua cara apaga-se.
O mar baço antes agora ilumina-se
e o brilho traz à tona
almas vazias, danadas
que se elevam nos céus
sem se moverem chapéus.
Esse sorriso na tua cara
apagada
sem luz, sem nada
é verdadeiro.
Acenas-lhes e então
então mergulhas
sem dizer nada.
Nada.
NADA.
23/07/2018
notas nadas em vazios vigilantes
antes nada vias e,
vá, admite
tens nos olhos prazeres frustrantes.
Toca ecoa e treme, a corda.
Acorda no escuro ofuscante.
O breu viscoso e coruscante
consome-te o peito
transborda.
A bordo de um navio vermelho,
velho, veleja veloz sem vento.
Atento o teu olhar, atento
focado no brilho baço do mar
sob o casco que o rasga lento
abre as mãos e os braços
és só tu, só tu no navio.
Salpicada de gotas encarnadas
a tua cara apaga-se.
O mar baço antes agora ilumina-se
e o brilho traz à tona
almas vazias, danadas
que se elevam nos céus
sem se moverem chapéus.
Esse sorriso na tua cara
apagada
sem luz, sem nada
é verdadeiro.
Acenas-lhes e então
então mergulhas
sem dizer nada.
Nada.
NADA.
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