sinkommon
Escrevo porque não tenho nada para dizer. Escrevo porque preciso. Não tenho mensagens nem respostas. Não faz sentido mesmo. E sim, são coisas 'esquisitas' porque eu não sei fazer outra coisa.
1992-10-22 Coimbra
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Unhas de Amêndoa Monofónica
Entendo uma coisa,tenho gosto
por unhas formadas em amêndoas.
Doas um olhar mole e mal-disposto
posto em pose de ataque e
arranho
doce e dormente como um dedo
dorido e perdido
tão estranho.
Construo um castelo de papel
meço os olhos e as bocas e aí,
te peço que estendas a mão
mas sem dedo, não te dou o anel.
No fosso, se fosses embora, caía
e as unhas amargas rasgariam.
No fundo, no rio grosso de mel,
ecoam as minhas amêndoas,
monofónicas,
caríssimas.
No curso do rio melifluindo,
pasta ambar que se esqueceu
do que é cantar e orar e
depois tudo em carmim ardeu.
Nunca soube medir e um castelo
de papel, colado e mal medido,
não se tinha de pé por mais belo.
Acabam-se-me as unhas e as
amêndoas monofónicas.
Afogo-me no mel e engulo-o
sorrindo
é doce e leva-me sempre
para onde
não quero ir.
02/08/2018
por unhas formadas em amêndoas.
Doas um olhar mole e mal-disposto
posto em pose de ataque e
arranho
doce e dormente como um dedo
dorido e perdido
tão estranho.
Construo um castelo de papel
meço os olhos e as bocas e aí,
te peço que estendas a mão
mas sem dedo, não te dou o anel.
No fosso, se fosses embora, caía
e as unhas amargas rasgariam.
No fundo, no rio grosso de mel,
ecoam as minhas amêndoas,
monofónicas,
caríssimas.
No curso do rio melifluindo,
pasta ambar que se esqueceu
do que é cantar e orar e
depois tudo em carmim ardeu.
Nunca soube medir e um castelo
de papel, colado e mal medido,
não se tinha de pé por mais belo.
Acabam-se-me as unhas e as
amêndoas monofónicas.
Afogo-me no mel e engulo-o
sorrindo
é doce e leva-me sempre
para onde
não quero ir.
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