Frederico de Castro

Frederico de Castro

Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…

1961-06-20 Bolama
305365
6
35

Flauta encantada



Entre um pardo anoitecer bate a rebate
Uma hora desolada restituindo ao silêncio
Aquele indefectível cântico bem inspirado

A cada sopro os sentidos unem-se
Travestindo com lisonjas um indisfarsável
Eco personificado num lamento pungido e inolvidável

Brota assim das entranhas da solidão a mais
Pura ilusão ungida com perfumes silentes, salpicando
Aqui e ali o ecoante esgar da tristeza quase condolente

Cravados no seio da noite os sonhos deambulam esquecidos
Profusos, deitando-se depois na horizontalidade do tempo
Que baila entre as penugens de uma brisa tão entorpecida

Frederico de Castro
150
0

Mais como isto



Prémios e Movimentos

PEN Clube 2013

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores