A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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O outro lado


Vilã, traiçoeira, sorrateira!
Adjetivos que traçam, tão forte, 
Imagens ruins, para algo divino:
A boa, meiga e merecida morte.

Viver é preciso? Viver é tudo?
Viver o que é, neste mar de torturas?
Viver é escola, é castigo profundo?
Viver é sofrer, conhecer amarguras?
 
A maldade, a inveja, o ódio e o rancor, 
Presentes estão e reinam no mundo.
Nos trazem tristezas, mágoas e dor, 
Nos batem no peito e ferem profundo...

Qual elixir que me tira o cansaço, 
Qual regaço em que me acarinhas, 
Morrer em seus braços, partir desta vida, 
Se torna qual benção, esperança minha.

Se vim, não sei de onde, vazio e desnudo, 
Também posso ir, rumo a lugar nenhum.
Passar a ser todo, a ser mundo, a ser tudo!
Eu que vivi, sendo apenas mais um...

Assim, abro as portas e estendo o tapete, 
Espero seu manto de breu me envolver.
Bendita quem finda com meu sofrimento, 
Bendito nascer, viver e morrer...
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