A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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Confesso


Ficou o vazio. Restou a solidão.
Em meu coração a sensação de perda é muito grande.
Parece até que sempre estivemos juntos,
E eu não consigo mais  me acostumar a estar sem você.

Como é estranha essa casa vazia,
Como sinto a falta de ouvir seus passos.
O silêncio é um punhal que entra aos poucos na carne.
Rasga, fere, aniquila qualquer tentativa de resistir a dor.

E aí, eu me entrego e fico assim, olhando para o nada.
Fico pensando que talvez eu não tenha tentado ao menos, perdoar.
Fico imaginando que poderia ser diferente,
Fico ensaiando pequenos sorrisos enquanto brinco com nossas lembranças...

Imaginar que nada restou do que fomos,
Imaginar que tantos planos não representam mais nada,
Imaginar o tempo que me resta para quem sabe, um dia
Acalmar a dor da sua ausência.

Estranho, mas agora me dou conta que em nossa despedida,
Eu não disse nada disso enquanto a porta se fechava.
Apenas deixei minhas mágoas falarem, mas elas não são nada.
Mágoa alguma poderá justificar estar agora, sem você.


Em mim, a dor da sua ausência.
Dentro da nossa casa, o vazio.
Acontecendo em nossas vidas, o desencontro
Dentro de cada dia, a saudade...
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