Com ciúme do vento.



 

Esse vento constante

De certa forma desrespeitoso

Afaga os teus cabelos sem a tua permissão

E me deixa com ciúmes.

 

Esse vento insistente 

De certo contente

Pois te toca e acompanha

Dia após dia:

Diariamente.

 

Enquanto isso eu faço contraponto, longe de ti

Na fronteira do outro lado da cidade

Solitário, mas vigilante a intervir

 

Sopro brisa de amor contrária

Pra embalar teu sono e proteger

Em oposição a esse vento inapropriado

Que insiste em te tocar.

 

Pra quem sabe, ele ir embora

E você voltar a caminhar

Sem ser incomodada

Na orla que adora ver você amanhecer.
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