Rui Nogar

Lourenço Marques (hoje Maputo)
1993 Lisboa
8976
1
8

Filho de naturais de Goa, Francisco Rui Moniz Barreto, de seu verdadeiro nome, fez os seus estudos na capital de Moçambique, onde nasceu, começando pelo arquidiocesano «Colégio Europeu», no qual seu pai teve de fazer prova da sua ascendência europeia para que ele ali fosse admitido, passando depois à escola primária «Correia da Silva», onde então ensinava a exilada política Drª. Pomba Guerra, e finalmente ao liceu «Salazar», onde teve como professores os também exilados Drs. Pires dos Santos, Cardigos dos Reis e Cansado Gonsalves, bem como o maçon António Barradas.Está por estudar, na sua geração como nas anteriores, a influência que nelas tiveram as sucessivas vagas de exilados políticos e de maçons de que ali foram alunos.Em 1952, já órfão de pai, começou a trabalhar no cais do porto, primeiro numa petroleira americana, depois na própria administração portuária, os Caminhos de Ferro de Moçambique, e, quase de seguida, numa transitária inglesa onde foi empregado até ser preso pela segunda vez em 1964 e que, registe-se, lhe contratou o advogado de defesa. Já fora detido antes, em 1953, mas por pouco tempo. Preso em 1964 como militante da Frelimo, só seria julgado em 1966 e por duas vezes, pois Lisboa não concordara com a primeira sentença, tendo continuado na Cadeia da Machava até 1968.Foi depois jornalista da revista Tempo e do jornal A Tribuna e redactor numa agência de publicidade.Após o 25 de Abril, foi o primeiro Provedor da Assistência Pública de Moçambique e, a seguir à independência daquele país, exerceu sucessivamente os cargos de director nacional da Acção Social e de director nacional da Cultura. Em 1978, foi mandado para Nampula, numa espécie de «desterro político», como director provincial de Apoio e Controlo, lugar onde foi mantido até 1981.Regresssado ao Maputo, porque naquele mesmo ano fora criada a Associação de Escritores de Moçambique, foi o seu primeiro secretário-geral, cargo que exerceu até 1986, ano em que morreu Samora Machel e começaram os seus exílios temporários em Portugal, que acabariam por se tornar definitivos.Rui Nogar estreou-se como poeta em 1951, no Itinerário de Lourenço Marques, pela inevitável mão de Augusto dos Santos Abranches, tendo logo ali escolhido o nome literário (e depois praticamente único) de Rui Nogar, sendo que o Nogar é nome da família materna. Continuou a publicar poemas naquele jornal até ao seu desaparecimento em 1955, passando depois a publicá-los no Brado Africano, também de Lourenço Marques (1955-1958), nos cadernos do Porto Notícias do Bloqueio (1959), na Voz de Moçambique, órgão da Associação dos Naturais de Moçambique, de Lourenço Marques (1960-1961), e nos cadernos Caliban, editados naquela cidade por Rui Knopfli e Grabato Dias (1971).Foi incluído nas duas antologias de poetas de Moçambique editadas pela Casa dos Estudantes do Império de Lisboa (1960 e 1962).Só chegaria ao livro em 1982, com Silêncio Escancarado, editado naquele ano simultaneamente em Lisboa e em Maputo. Além deste livro único, onde estão reunidos apenas quarenta e dois poemas de várias épocas, Rui Nogar viu representado o seu poema Nove Hora pelo Grupo de Teatro do Maputo «Mutumbela Gogo», que obteve grande sucesso, quer em Moçambique quer no Festival de Teatro Ibérico no Porto (1989).Deixou muita poesia inédita, bem como muita outra dispersa pelas já citadas publicações. Nos seus últimos anos de vida e de exílio, colaborou em Portugal com organizações não governamentais que tinham projectos de apoio aos camponeses e às crianças de Moçambique, seu único e ingrato amor.
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